domingo, 29 de setembro de 2019

JOSÉ NICODEMUS DA SILVEIRA MARTINS


JOSÉ NICODEMUS DA SILVEIRA MARTINS  - AREIA BRANCA, PREFEITO DE MOSSORÓ

 José Nicodemus da Silveira Martins nasceu em Areia Branca (RN) em 7 de agosto de 1916, filho de Francisco Sales da Silveira Martins e Armanda Silveira.
            Bacharel pela Faculdade de Direito do Ceará em 1940, foi juiz de direito, delegado do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPETEC).
            Em 3 de agosto de 1946 foi empossado prefeito de Mossoró, por nomeação do interventor do estado Seabra Fagundes, tendo o seu mandato se estendido de início de março de 1947.
            No pleito de outubro de 1946, foi eleito deputado estadual pela coligação do Partido Social Democrático (PSD) com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), para a legislatura 1947-1951. Em outubro de 1954, disputou uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Partido Social Progressista (PSP), obtendo apenas uma suplência. Exerceu o mandato de 19 de abril a 27 de julho de 1955 e de 21 de maio a 2 de julho de 1957.
            Entre 1954 e 1959 foi presidente do IAPETEC.
            Após deixar a carreira política, tornou-se diretor de administração do Ministério do Trabalho (1966-1969), seu último cargo público. A partir de então, dedicou-se à advocacia, exercendo-a até 1990.
            José Nicodemus atuou ainda como procurador do Instituto dos Bancários do Rio de Janeiro.
            Casou-se com Nilde Braga da Silveira Martins, com quem teve quatro filhos.

JOSÉ NICODEMUS DA SILVEIRA MARTINS




Em 3 de agosto de 1946 dava-se a posse do Dr. José Nicodemos da Silveira Martins como Prefeito de Mossoró, por nomeação do Interventor do Estado, cujo mandato se prolongou até 6 de março de 1947.                                José Nicodemos da Silveira Martins nasceu na cidade de Areia Branca, Rio Grande do Norte, a 7 de julho de 1916, sendo filho de Francisco Sales da Silveira Martins, magistrado íntegro e com serviços prestados em diversas comarcas, e de dona Armanda Franco da Silveira Martins, nascida no vizinho Estado do Ceará.                Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Ceará, na turma de 1940. Foi juiz municipal, promotor público e delegado regional de polícia, com jurisdição em toda a zona Oeste do Estado.Chegou por nomeação ao cargo de Prefeito de Mossoró, em substituição a Augusto da Escóssia. Teve movimentada atuação e na qualidade de deputado estadual trabalhista mais votado. Tomou parte nos trabalhos da Assembleia Legislativa em dois períodos consecutivos e com atuação destacada. Ocupou ainda o cargo de chefia na Caixa Econômica e no antigo SAPS, ambos em Natal. No Rio de Janeiro, foi diretor da Divisão de Administração do Departamento Nacional de Mão-de-Obra.                Durante a sua curta administração aconteceu o I Congresso Eucarístico de Mossoró, ocorrido de 27 de setembro a 3 de outubro de 1947, contando com a presença de oito bispos, muitos sacerdotes e milhares de fiéis. O dia 3 de outubro foi transformado em feriado municipal pelo Prefeito Nicodemos em homenagem à memória dos mártires de Uruaçu, Cunhaú e Ferreiro Torto.                Um caso curioso ocorrido em sua gestão foi à prisão de João Romualdo, conhecido como \"homem cabelo\". Era um remanescente do grupo de fanático do beato José Lourenço, que vivia na Comunidade do Caldeirão. A Comunidade do Caldeirão da Santa Cruz do Desterro nasceu no Sertão do Cariri, no Ceará. Foi fundada em 1926 pelo beato José Lourenço, numa propriedade pertencente ao padre Cícero Romão Batista. Ali foi fundada a Comunidade do Caldeirão juntamente com 500 famílias, vindas de todo o Nordeste, atraídas pela pregação do beato. Pontos fortes dos seus ensinamentos eram a igualdade e a interajuda, a propriedade comunitária e a autossuficiência. O projeto foi tão bem sucedido, que durante dez anos as condições adversas do sertão eram superadas pelos habitantes do Caldeirão. Construíram as habitações, a igreja, a escola e cultivavam os campos, criavam gado bovino e caprino e fabricavam os objetos para trabalhar. Juntamente com o charque, vendiam nas povoações vizinhas do Juazeiro e do Crato objetos de artesanato. Com o produto da venda compravam bens essenciais que não podiam produzir. O modo de vida da Comunidade do Caldeirão acabou por despertar o interesse dos fazendeiros da região, que com o passar do tempo começaram a ter dificuldades em encontrar mão de obra barata e abundante. Seguiu-se uma campanha contra a Comunidade do Caldeirão acusada de práticas comunistas.O Brasil era governado, nesta ocasião por Getúlio Vargas (1937-1945) que mantinha uma política ativa contra o Comunismo. Sob pretexto de que o Caldeirão era um reduto de rebeldes armados, a Polícia Militar do Ceará, comandada pelo capitão Bezerra, destruiu por completo, em setembro 1936, a Comunidade do Caldeirão. A localidade do Caldeirão foi completamente arrasada, ma, contrariamente ao que se dizia, não foram encontradas armas ou qualquer outro indício de sublevação desta comunidade. Os poucos sobreviventes, incluindo o beato José Lourenço, fugiram para a Chapada do Araripe, no Ceará.                João Romualdo, o \"Homem Cabeludo\", depois da destruição do Caldeirão, fugiu para a mata fechada, e por sete anos conviveu apenas com as feras e com os pássaros, sem nenhum contato com um ser humano. Um dia apareceu por Mossoró assustando as pessoas com o seu aspecto selvagem. Foi preso e enviado a Natal. Dizia que estava cumprindo uma pena perante Deus. O caso foi noticiado pela imprensa da época.                José Nicodemos foi substituído por José Paulino de Souza no comando da municipalidade. Eram tempos difíceis para os gestores municipais. Em menos de um ano de mandato, não foi possível realizar grandes obras. Mas fez o bastante para ter o seu nome na galeria das personalidades mossoroenses.                
FONTE – GERALDO MAIA


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